Já nem sei bem
porquê, lembrei-me há pouco de um fotógrafo que esteve na berra pelas piores
razões.
Falado e comentado
em fóruns e trocas de opiniões, o apodo mais simpático que lhe ouvi atribuírem foi
de “O fotógrafo mais piroso de todos os tempos”. Todas as demais classificações
eram daí para baixo.
Já na altura não
gostei um nico do que se dizia. Que dizer mal – muito mal – é sempre fácil.
Caramba! Essa é a especialidade dos portugueses.
Mas aquilo que
nunca soube foi a opinião das pessoas fotografadas. Eles e elas.
E se estavam em
trajes menores, em poses eventualmente sugestivas e com adereços incomuns, certo
é que nenhuma dessas pessoas parecia estar ali a contragosto. E se o fotógrafo,
pessoa já não jovem, as exibia, de algum modo aquelas imagens satisfaziam-no a
ponto de as mostrar. Como se de um catálogo ou portfolio se tratasse.
A maledicência na
net e fora dela foi de tal forma que o seu perfil numa rede social foi apagado
e acaba por ser difícil de encontrar vestígios dele que não os tais comentários
demasiado mordazes.
Mas se o fotógrafo
estava satisfeito com o seu trabalho, se os modelos estavam satisfeitos com o
trabalho efectuado… quem são todos os outros para dizer que não presta? Que será
mau, piroso, o pior fotógrafo do mundo, etc., etc., etc.?
Tenho para mim que
o principal objectivo da fotografia é a satisfação dos envolvidos: atrás e à
frente da objectiva.
Tudo o mais não
passa de opiniões de treinadores de bancada que, curiosamente, nem sequer
mostram as suas próprias virtudes fotográficas.
E não! Não digo o
nome da pessoa em causa nem exibo nenhuma das suas imagens. Não me sinto no
direito de aviltar o nome de alguém que faz o melhor que pode ou sabe.
Prefiro, em vez
disso, mostrar uma das minhas, correndo o risco de ser objecto de uma
classificação equivalente.
By me
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