domingo, 8 de novembro de 2015

Para além de



Sei que é ambição de quase todos os que se dedicam à fotografia o fazer imagens do corpo humano. Amadores ou profissionais.
Nu, semi-nu, provocatório, erótico, sensual, apenas formas, também formas…
O corpo, regra geral o feminino, é como que mel para as objectivas e tudo se faz para conseguir “aquela” fotografia. De preferência o que estiver para além das roupagens, ou bem escolhidas as roupagens para dar a entender o que está para além delas.
Poucos são, mas existem, os que se preocupam em ir além da pele, tentando mostrar aquilo que de realmente belo o ser humano tem: a “alma” e os afectos.
Curioso é, no entanto, que a partir de certa idade o corpo deixa de ser tão apelativo, tão esteticamente apetecível. Mas os afectos, esses, não têm idade, não têm formas, não envelhecem nem ganham rugas ou gorduras. Nem encanecem.
Os afectos são sempre belos, seja qual for o corpo que o possua.


Enquanto fotógrafo (se o for) interessa-me muito mais o que está para além da pele que a sua superfície, visível ou nem tanto.

By me 

Sem comentários: