Sei que é ambição
de quase todos os que se dedicam à fotografia o fazer imagens do corpo humano.
Amadores ou profissionais.
Nu, semi-nu,
provocatório, erótico, sensual, apenas formas, também formas…
O corpo, regra
geral o feminino, é como que mel para as objectivas e tudo se faz para
conseguir “aquela” fotografia. De preferência o que estiver para além das
roupagens, ou bem escolhidas as roupagens para dar a entender o que está para
além delas.
Poucos são, mas
existem, os que se preocupam em ir além da pele, tentando mostrar aquilo que de
realmente belo o ser humano tem: a “alma” e os afectos.
Curioso é, no
entanto, que a partir de certa idade o corpo deixa de ser tão apelativo, tão esteticamente
apetecível. Mas os afectos, esses, não têm idade, não têm formas, não
envelhecem nem ganham rugas ou gorduras. Nem encanecem.
Os afectos são
sempre belos, seja qual for o corpo que o possua.
Enquanto fotógrafo
(se o for) interessa-me muito mais o que está para além da pele que a sua
superfície, visível ou nem tanto.
By me
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