Não sou fotógrafo!
Pelo menos no conceito generalizado do termo.
A fotografia, para
mim, tornou-se um vício, a ponto de não me sentir bem se não fizer pelo menos
uma por dia. Provavelmente não fará mal a ninguém não o fazer, excepto a mim
mesmo, que não me sinto confortável em não cumprindo este ritual.
O problema põe-se
naquilo que fotografo ou registo. Não tenho uma linha definida, excepto aquilo
que não quero fotografar. Quanto ao resto, o que vou fazendo são retalhos,
apontamentos, fragmentos com que, com os limites do enquadramento, vou
desmontando o mundo do seu todo em pequeninas peças de um puzzle que nunca será
montado.
E esta falta de
coerência manifesta-se, por exemplo, nestas duas imagens, feitas entre o sair e
o regressar a casa, numa rotina casa-trabalho. A mistura não ordenada da vida
que foi e da promessa de vida que será.
E entre o que foi
e o que será, fico eu e os meus “momentos decisivos”, se é que o são.
By me
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