Na ressaca do dia
de ontem, depois da terceira noite consecutiva anormalmente curta e com o corpo
a dizer, tão alto quantos os gritos que ouvi, que já não sou o que fui, recordo
três momentos fotográficos tristes.
O ter visto um dos
nomes clássicos do fotojornalismo português já com dificuldade de controlo
motor. Não quero imaginar o que sente alguém que sabe ter dificuldade em fazer
uma fotografia estável e não tremida.
O ter ficado a
sorrir para uma das duas câmaras de um fotojornalista, que estou habituado a
ver nestas circunstâncias, com uma objectiva já bem antiga. E ter ficado a
saber que aquela é um recurso, já que a sua do costume se partiu em duas
aquando de uma queda que deu. Dói!
O não ter visto a
meia altura em candeeiros um quase fotógrafo, com o seu bigode pouco comum e o
seu mais raro sentido mordaz e sarcástico. Onde quer que esteja, se está em
algum lado, deve estar triste de não ter estado por cá, nas ruas, ontem.
Na imagem: detalhe
das medidas draconianas com que o poder quis conter a vontade popular. Inútil,
como se constatou.
By me
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