Corriam os anos 70
e as edições ITAU vendiam que nem pãezinhos. Cartazes, postais, panfletos,
marcadores de livros, tudo quanto pudesse ser interventivo ou no campo do sonho
e da paz eles tinham.
Por essa altura
comprei este “poster”.
Colado numa placa
de aglomerado de madeira, esteve sempre em frente dos meus olhos, enquanto
estudante do liceu e enquanto estudante da vida, pendurado num pedaço de parede
livre de estantes e fotografias.
Nas voltas que a
vida deu, também ele – o poster – andou aos trambolhões, com marcas nos cantos
de algumas pancadas menos simpáticas. Tal como eu mesmo.
Mas se as
fotografias que faço vão e voltam, de acordo com as disposições e as épocas do
ano, este é imutável, não aceitando eu que o seu espaço seja poluído por outras
mensagens ou diatribes que vá fazendo.
Que há verdades e
sentimentos que nos ultrapassam.
Acrescente-se que,
por aquilo que consegui saber, a frase/poema “O amor é um pássaro verde, num
campo azul, no alto da madrugada” terá sido escrito por Vítor Barroca Moreira,
com nove anos de idade.
By me
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