domingo, 1 de novembro de 2015

Atravessando os tempos



Corriam os anos 70 e as edições ITAU vendiam que nem pãezinhos. Cartazes, postais, panfletos, marcadores de livros, tudo quanto pudesse ser interventivo ou no campo do sonho e da paz eles tinham.
Por essa altura comprei este “poster”.
Colado numa placa de aglomerado de madeira, esteve sempre em frente dos meus olhos, enquanto estudante do liceu e enquanto estudante da vida, pendurado num pedaço de parede livre de estantes e fotografias.
Nas voltas que a vida deu, também ele – o poster – andou aos trambolhões, com marcas nos cantos de algumas pancadas menos simpáticas. Tal como eu mesmo.
Mas se as fotografias que faço vão e voltam, de acordo com as disposições e as épocas do ano, este é imutável, não aceitando eu que o seu espaço seja poluído por outras mensagens ou diatribes que vá fazendo.
Que há verdades e sentimentos que nos ultrapassam.


Acrescente-se que, por aquilo que consegui saber, a frase/poema “O amor é um pássaro verde, num campo azul, no alto da madrugada” terá sido escrito por Vítor Barroca Moreira, com nove anos de idade.

By me

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