Este é o patamar
de entrada (ou saída) do prédio onde moro.
Vê-se à esquerda a
zona das caixas de correio, mostrando quão grande ele é em termos de habitações.
À direita, o corredor que conduz às escadas e elevadores. A separar uma coisa
de outra, uma pequena parede, forrada de pedra no seu topo, como se constata.
Este topo ou
esquina, que fica virado para a porta por onde todos entramos, é um lugar de
eleição para um jornal de parede, informal, já que todos por ele passamos,
mesmo que sem curiosidade sobre o correio. Avisos de obras ou interrupção de
fornecimentos, lamentos de “perdeu-se” ou alertas de “encontrou-se”, recados anónimos
sobre a convivência pacífica num prédio… encontra-se aqui de tudo.
Há uns tempos uma
das publicações ficou-me na memória:
Avisava quem o
escreveu que no sábado seguinte haveria lugar a uma festa da criança pequena da
família, com os respectivos convidados miúdos e graúdos, e que se pedia
compreensão pelo eventual barulho extra que provocaria. Estava assinada e com
indicação do apartamento onde ocorreria o evento.
Digamos que será
pouco usual este tipo de aviso. Denotando um particularmente raro respeito pela
tranquilidade dos vizinhos. Fiquei com ele gravado na mente, bem como com o
sorriso que exibi ao lê-lo.
Esta semana, e
passados meses sobre a festa, fiquei a saber quem o escrevera. Uma vizinha que
ajudei a segurar o que trazia nas mãos enquanto acedia à caixa de correio e com
quem fiquei de conversa.
Se existir um prémio
para o melhor vizinho do ano, já sei quem nomear!
By me
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