sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Raispartaamúsica!




Há uns dias fui a um fast-food num centro comercial.
Volta e meia acontece passar por lá. A comida não me surpreende, porque sempre igual, e acabo por poder concentrar-me na escrita. Cheio ou vazio, nas horas habituais ou fora delas, desde que tenha espaço para o prato e o caderno ou PC, fico bem.
Desta feita, ao fim de um pedaço, comecei a ficar incomodado e não sabia porquê. Tudo parecia normal. Até que, concentrando-me no que me rodeava e não no prato ou texto, percebi: era a música de fundo.
Trava-se já de músicas natalícias e o que me incomodava era o facto de serem todas, mas todas mesmo, músicas natalícias americanas.
Nem portuguesas, que as há, nem francesas, nem espanholas, nem alemãs, nem brasileiras… Músicas made in USA, daquelas que nos fartamos de ouvir nos filmes de natal made in Holywood.
Chateou-me! Que diabo! Nem o Natal é americano nem eles têm o exclusivo musical da época. E chamei quem estava a chefiar a sala no momento.
Dizendo-lhe que imaginava não ser ela (era uma senhora) a responsável pela selecção musical, seria possível arranjar um outro reportório, onde outras nacionalidades, a nossa incluída, nos fossem enchendo o ouvido enquanto dávamos ao dente?
Não imaginava eu, nunca, a resposta. Recebem eles, todos os meses, a selecção musical a tocar nas salas, a mesma para todas as salas de todos os restaurantes do país. E estão interditos de usar qualquer outra que não a constante daquele CD, mesmo quando estão fechados, antes ou depois do horário de funcionamento. Aquilo que ouvíamos era o CD vindo da casa-mãe e nada havia a fazer.
Fiquei com os contactos da casa-mãe que, em tendo oportunidade, lhes direi o que penso sobre esta americanização musical.

By me 

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