Vi este sistema de iluminação pública pela primeira vez e de
dia no já distante ano de 1982, em Málaga.
Recordo ter pensado, quando os vi e à distância, tratar-se
de antenas de comunicação por feixe hertziano. Correios ou equivalente.
Quando me apercebi do que se tratava, pensei no desperdício
de energia luminosa, já que a reflexão, a menos que se trate de um espelho,
implica que alguma se perda. E que, para ter o rendimento equivalente à
iluminação directa, haveria que usar lâmpadas mais potentes, mais caras e com
maior consumo eléctrico.
Quando, uns dias depois, vi o resultado, achei que era
perfeito: uma luz difusa, tranquila, adequada a zonas calmas como jardins ou
praças públicas. Um aumento de qualidade de vida, ainda que resultado de
investimento público.
E é para isso que o investimento público existe.
Com o passar dos tempos, este tipo de luminária vai-se
espraiando, uns aqui, outros ali, conforme os orçamentos de substituição e as
opções paisagísticas vão permitindo. E com as novéis formas de gerar luz,
económicas de manutenção e consumo.
É importante investir no espaço público. Que viver não é
apenas dentro de casa ou em trânsito entre ela e o trabalho ou lugares de
lazer.
By me
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