terça-feira, 1 de maio de 2018

1º de Maio 2018


Conta um jornal que gente de todas as idades desfilou na avenida, concentrando-se depois na Alameda, para marcar presença no Primeiro de Maio.
Será verdade que sim.
Até eu, mesmo muito limitado e que restringi a esperar por eles no fim do desfile, me apercebi da heterogeneidade de idades. De bebés quase de mama até idosos bem idosos, houve de tudo este ano.
Aquilo que o jornal não conta é de que modo as diversas idades estavam distribuídas em número.
Numa abordagem por alto, sem nenhum rigor estatístico, eu diria três quintos dos presentes estavam acima dos 35 anos. E destes, mais de metade tinham os cabelos bem grisalhos ou mesmo completamente brancos.
Dos dois quintos restantes, mais de metade estaria abaixo dos doze anos, acompanhando pais e vós. Os restantes, adolescentes e jovens adultos como hoje se diz, eram uma minoria. Demasiadamente em falta.
Numa sociedade em que se fala em precariedade, desemprego jovem, salários no limite do legal, falta de perspectivas para o futuro, casamentos e descendência adiadas por limitações económicas, seria de esperar que estivem mais presentes numa jornada de luta por trabalho justo e justamente regulado e remunerado. Faltaram em massa.
Pergunto-me quem estará em manifestações e revindicações com estes conteúdos daqui por dez ou quinze anos.







By me

Sem comentários: