Há
uns anos necessitei de recorrer aos serviços de uma advogada para poder ser
ressarcido de uns dados sofridos.
A
dado passo, e no decurso da conversa de preparação da acção, a senhora tenta
convencer-se a apresentar-me em tribunal mentindo, queixando-me de coisas de
que não me queixava.
Serviria
isso para justificar os danos não patrimoniais e ser indemnizado por isso.
Achei
que não!
No
meu quotidiano não minto e não faria sentido ir mentir em tribunal, onde é
crime.
Prescindi
dos seus serviços e acabei por não receber o dinheiro em causa. Achei que era
preferível isso (como se constata, sobrevivi sem a indemnização) a ter que mentir.
E vou mantendo a atitude em tudo quanto posso, seja qual for o preço.
Mas
o contrário também é verdade: não quero por perto gente que me minta.
Pouco
importa que a mentira seja grande ou pequena: se for mentira quero distância na
convivência.
Se
se tratar de vizinhos, parentes, pessoas do âmbito profissional, faço com que
essa distância seja tão grande quanto o possível. Se não houver essa “obrigatoriedade”
de co-existência, trato de tornar essa distância equivalente a infinito.
Quanto
ao resto, sirva a carapuça a quem servir.
By me
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