Em tempos, quando
eu fazia aquilo a que pomposamente chamava de formação em fotografia, à borla e
em jardins e parques públicos, havia quem me chamasse simpaticamente de “mestre”.
Eu entendia a
brincadeira, respondia no mesmo tom, mas lá no fundo nunca gostei.
O título de “mestre”,
hoje tão banalizado, é algo que só deve ser atribuído a quem muito sabe e o
sabe passar a terceiros, sempre com uma dose de reverência que não pode ser
vulgarizada. E esse não é o meu caso, com toda a certeza.
Ao longo dos anos,
tive oportunidade de trabalhar com alguns excelsos profissionais, que muito
sabiam e bem sabiam transmitir o que sabiam.
No entanto, de
entre esses, apenas posso atribuir a categoria de “mestre” a dois deles, quiçá
três, e sentir-me muito honrado por ter tido a oportunidade de com eles ter
privado e alguma coisa aprendido.
Figuras impares cujos
nomes sempre farei questão de honrar.
Hoje tive
oportunidade de não conhecer um tal Qualquer-coisa Qualquer-coisa, que faz
questão de ser chamado por “mestre” e que o seu nome e fotografia surjam em
tamanhos maiores que os demais.
Tive sorte em ter
escapado a tal encontro. Ou teria estragado todo o resto do dia.
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