Foi um dos meus momentos mais marcantes na vida!
Eu pegava ao serviço ainda antes do nascer do sol, mas não
queria perder o evento: a passagem de Venus entre a Terra e o Sol, que
aconteceria bem de manhã, quando o meu trabalho me impedia de estar num bom
ponto de observação.
Apesar disso, montei um sistema protector que me permitiria
olhar para o sol sem ferir os olhos e levei-o para o trabalho. Deixei-o em cima
de uma mesa para que qualquer colega, numa pequena pausa, pudesse dele
aproveitar. Tal como eu.
Quando foi a minha vez o impacto foi enorme: ver aquele
ponto negro movimentar-se em frente do disco luminoso e saber que o que estava
a acontecer não apenas não dependia de nós, humanos, como estava a ver algo do
passado em tempo real.
Isto porque a distância Sol-Terra é de cerca de 8
minutos-luz, donde aquele movimento, perceptível em termos e escala humana,
tinha acontecido uns 6 minutos antes.
Sempre soube da nossa insignificância no universo. Pensamento
racional e emocional. Mas senti-lo de facto, ali ao vivo, na pele (ou nos
olhos), foi algo que nunca esquecerei.
Hoje aconteceu um eclipse parcial do sol, visível em
Portugal. Mas não visível da minha janela. Como não tenho como fotografar uma
situação dessas (há que proteger a visão e a câmara!), e como nem sequer tinha
ainda tomado banho, deixei-me ficar por casa, apercebendo-me do seu efeito pela
redução de luz aqui na rua. Dizem que esse fenómeno astral faz reduzir em 20% a
produção de energia solar.
O que vêdes na imagem é uma Lua cheia, menos prejudicial mas
igualmente bonita. É uma forma de a fotografar mesmo não tendo aquele
equipamento todo XPTO que custa fortunas.
By me
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