sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Eu, fotógrafo



Não importa se o outro sabe: Eu quero e eu fotografo!
Não importa se o outro quer: Eu quero e eu fotografo!
Não importa se o outro autoriza: Eu quero e eu fotografo!
Não importa as consequências para o outro: Eu quero e eu fotografo!
Não importa a privacidade do outro: Eu quero e eu fotografo!
Não importa quem é o outro: Eu quero e eu fotografo!

Eu tenho uma câmara fotográfica!
Eu tenho o mundo à minha frente!
Eu tenho fome de imagens!
Eu cobiço o mundo!
Eu cobiço o rosto!
Eu cobiço o gesto!
Eu cobiço o acontecimento!
Eu cobiço!

Eu quero a luz!
Eu quero a pose!
Eu quero a estética!
Eu quero a arte!
Eu quero a celebridade!

Privacidade?
Ética?
Respeito?
Quero lá saber disso!
Se não gostam, paciência!
Sou fotógrafo e tudo me é permitido.


É por tudo isto que eu que uso a fotografia para alimentar a alma, e muito ocasionalmente a mesa, recuso que me chamem de fotógrafo.
Serei um apontador de câmara, um escrevinhador de luz, um iconógrafo, qualquer coisa, mesmo que batata frita.

Agora fotógrafo como o acima descrito e que tantos reclamam para si… Não sou!

By me

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