sábado, 22 de outubro de 2016

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Em tempos, quando eu fazia aquilo a que pomposamente chamava de formação em fotografia, à borla e em jardins e parques públicos, havia quem me chamasse simpaticamente de “mestre”.
Eu entendia a brincadeira, respondia no mesmo tom, mas lá no fundo nunca gostei.
O título de “mestre”, hoje tão banalizado, é algo que só deve ser atribuído a quem muito sabe e o sabe passar a terceiros, sempre com uma dose de reverência que não pode ser vulgarizada. E esse não é o meu caso, com toda a certeza.
Ao longo dos anos, tive oportunidade de trabalhar com alguns excelsos profissionais, que muito sabiam e bem sabiam transmitir o que sabiam.
No entanto, de entre esses, apenas posso atribuir a categoria de “mestre” a dois deles, quiçá três, e sentir-me muito honrado por ter tido a oportunidade de com eles ter privado e alguma coisa aprendido.
Figuras impares cujos nomes sempre farei questão de honrar.
Hoje tive oportunidade de não conhecer um tal Qualquer-coisa Qualquer-coisa, que faz questão de ser chamado por “mestre” e que o seu nome e fotografia surjam em tamanhos maiores que os demais.

Tive sorte em ter escapado a tal encontro. Ou teria estragado todo o resto do dia.
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