sábado, 18 de julho de 2015

As bilhas



No supermercado do meu bairro vendem-se bilhas de gás. Faz sentido e é prático para quem consuma gás butano em bilhas.
As bilhas estão expostas ao sol. Não sei se será muito seguro, mas tenho que presumir que sim, já que são transportadas em camiões e ao sol. E não sei de nenhum caso em tenham explodido por esse motivo.
Estão elas dentro destas grades. Faz sentido. Não apenas as grades estão fechadas, evitando roubos, como se torna mais fácil deslocar várias ao mesmo tempo, usando uma empilhadora. Manual ou mecânica.
As grades têm este aviso na ponta. O que se pode ver na imagem, sobre a proibição de se fumar ou foguear nas imediações. Faz sentido. O gás que está nas botijas é altamente inflamável, ou não o usaríamos para queima, e uma chama por perto será fatal.
O que já não fará sentido é estarem as grades, com as botijas dentro, encostadinhas a cinzeiros, aqui no supermercado do meu bairro. Os fumadores têm tendência em se aproximarem dos cinzeiros, quer seja para lá deixarem as pontas de cigarro, quer seja para junto a eles acenderem-nos e fumarem-nos. Ora sabemos não ser muito recomendável fumar ou foguear junto a botijas de gás. Aliás, é proibido pelos motivos óbvios.

Hoje foi a terceira vez que constatei tal atentado à segurança. Segurança em geral, segurança dos clientes, segurança de quem ali trabalha.
Da primeira vez, chamei o responsável pela loja e fiz-lhe o reparo. Prontamente, mais ou menos, a situação foi resolvida, com a retirada das grades com as bilhas.
Da segunda, também chamei o responsável pela loja e ajudei a afastar os cinzeiros. Mas não fiquei nada satisfeito por se ter repetido.
Na altura fotografei a situação e enviei a fotografia, com o relatos dos factos para tudo quanto é sítio que pudesse acautelar a repetição do caso: direcção geral de energia, bombeiro, polícia, protecção civil, empresa fornecedora do gas e, naturalmente, a sede da empresa do supermercado.
Hoje, tornei a chamar o gerente de loja. Saiu-me na rifa alguém que não conheço. Mas que ficou assustado com a situação e com o facto de lhe dizer que esta é a terceira vez que alerto para tal. Assustado a ponto de me perguntar:
“Mas há muito tempo que não acontece, pois não?”
Não lhe expliquei, porque creio que não adiantaria, que é insignificante que não se repita há muito. Mesmo que nunca tivesse acontecido, bastaria uma vez, e com azar, para ser a última. Para muita gente, ele incluído.

Não creio que da próxima vez chame o gerente de loja. Chamo é mesmo os bombeiros e a polícia e, de caminho, uma ou duas equipas de reportagem de jornais ou televisões.
Porque não parece que o bom senso e conversas cordatas e civilizadas sirvam de algo neste supermercado de uma grande cadeia de distribuição.


A fotografia foi feita já depois de ter feito as minhas compras e com a situação resolvida. Por hoje.

By me 

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