domingo, 8 de março de 2015

Turistas





Desculpem lá qualquer coisinha, mas ela há coisas que me deixam fora do sério. Bem fora do sério!

Um casal de turistas, usando de língua materna o Francês, entra num restaurante Alfacinha.
Depois de sentados, é-lhes entregue uma ementa a cada um. E, com ar de enfado, é pedida uma ementa em francês.
Nem um esforço para perceber o que ali consta, nem o recurso a um guia rápido, nem o tentar falar com o empregado para entender o conteúdo!
Liminarmente, o menu português é recusado e exigido um outro! Exigido!
Começando pelo facto de o perceber a língua do país em que nos encontramos e acabando na delicadeza que é devida a quem nos recebe, tudo isto que faz parte do turismo foi esquecido por este casal. E, com um sorriso de aparente indiferença ou desdém, satisfeito o pedido pelo empregado, que recebeu o destrato deste casal com um conformismo de quem já está habituado a tal.
Não se trata de chauvinismo ou quejandos! Mas um “Por favor” ou um “Obrigado” teria sido delicado e recomendável. Assim como a tentativa de falar a língua dos “nativos”, por muito periféricos que possamos ser na Europa.
E nós, com uma atitude de “verga espinhela” e subserviência, fazemos o que quer que seja para que os Euros, cunhados sejam em que país forem, continuem a correr. Não importando como somos tratados.

Estive para me levantar da mesa que ocupava e ir até lá, tratando-os na língua deles com meia dúzia de impropérios que eu cá sei. Mas não apenas o jantar me tinha sabido particularmente bem para assim ser estragado, como iria, certamente, ser expulso pelos empregados, perante a cara de espanto dos restantes comensais.
Fiquei-me pelo registo das suas caras e por este desabafo!
Que uma fotografia feita à sorrelfa e aqui assim exposta fica bem ao nível do comportamento que assisti.

Em Roma como os romanos, que diabo!

By me

Sem comentários: