As estórias são o que são e a credibilidade que possam ter passa, muitas vezes, por quem as conta. Por isso, não fiquei muito surpreendido quando a minha colega me disse, muito pomposamente:
“Eh pá, oh JC, eu não leio o 24 horas!”
Tenho que concordar que, habitualmente, também não leio tal jornal. O sensacionalismo, uma aparente falta de rigor e de isenção fazem com que não faça parte dos periódicos que leio.
No entanto, foi-me chamada a atenção para um artigo e, de tanta graça lhe achei, que andei a mostra-lo a uns quantos colegas.
Claro que, neste caso, a credibilidade não passava apenas pelo jornal mas também por quem o mostrava e, verdadeira ou não, ninguém lhe tira o apodo de insólito. E, como sabemos, a vida consegue ir bem mais longe que a imaginação do comum dos mortais.
Eis o artigo:
“Um homem foi colhido por uma viatura quando fumava um cigarro à porta de um café na rua da Junqueira, em Lisboa.
A vítima encontra-se internada em estado considerado grave no Hospital São Francisco Xavier. Corre o risco, segundo fonte hospitalar, de não voltar a andar.
Fonte policial disse ao 24horas que o insólito acidente ocorreu por causa de um táxi que se descontrolou. “Um taxista despistou-se e embateu num carro estacionado na Rua da Junqueira, perto da Universidade Lusíada”, confirmou a fonte.
Com a força do embate, o carro estacionado junto ao café foi projectado, galgou o passeio e colheu o peão – que se encontrava à porta do café a fumar um cigarro, por ser proibido fazê-lo dentro do estabelecimento comercial.
O indivíduo foi projectado para dentro do café e sofreu graves ferimentos nas pernas. Os bombeiros foram para o local e transportaram-no para o Hospital de São Francisco Xavier - onde permanecia ontem internado.
A PSP tomou conta do insólito caso. O taxista foi submetido ao teste de alcoolemia e deverá ser responsabilizado pelos danos provocados nas viaturas e no café, assim como pelas graves lesões sofridas pelo peão.”
Desta estória, deduzo eu que ainda falte contar o epílogo e tirar a sua moral.
Suponho que o peão seja multado pela ASEA, visto ser oficial que entrou num café a fumar. Os rigores da lei não perdoam e são imparciais, sendo irrelevantes os motivos que o levaram a tal.
E pode-se concluir que “fumar na rua” é muito perigoso. Não há memória de um fumador ter sido atropelado enquanto fumava dentro de casa ou num estabelecimento comercial.
“Eh pá, oh JC, eu não leio o 24 horas!”
Tenho que concordar que, habitualmente, também não leio tal jornal. O sensacionalismo, uma aparente falta de rigor e de isenção fazem com que não faça parte dos periódicos que leio.
No entanto, foi-me chamada a atenção para um artigo e, de tanta graça lhe achei, que andei a mostra-lo a uns quantos colegas.
Claro que, neste caso, a credibilidade não passava apenas pelo jornal mas também por quem o mostrava e, verdadeira ou não, ninguém lhe tira o apodo de insólito. E, como sabemos, a vida consegue ir bem mais longe que a imaginação do comum dos mortais.
Eis o artigo:
“Um homem foi colhido por uma viatura quando fumava um cigarro à porta de um café na rua da Junqueira, em Lisboa.
A vítima encontra-se internada em estado considerado grave no Hospital São Francisco Xavier. Corre o risco, segundo fonte hospitalar, de não voltar a andar.
Fonte policial disse ao 24horas que o insólito acidente ocorreu por causa de um táxi que se descontrolou. “Um taxista despistou-se e embateu num carro estacionado na Rua da Junqueira, perto da Universidade Lusíada”, confirmou a fonte.
Com a força do embate, o carro estacionado junto ao café foi projectado, galgou o passeio e colheu o peão – que se encontrava à porta do café a fumar um cigarro, por ser proibido fazê-lo dentro do estabelecimento comercial.
O indivíduo foi projectado para dentro do café e sofreu graves ferimentos nas pernas. Os bombeiros foram para o local e transportaram-no para o Hospital de São Francisco Xavier - onde permanecia ontem internado.
A PSP tomou conta do insólito caso. O taxista foi submetido ao teste de alcoolemia e deverá ser responsabilizado pelos danos provocados nas viaturas e no café, assim como pelas graves lesões sofridas pelo peão.”
Desta estória, deduzo eu que ainda falte contar o epílogo e tirar a sua moral.
Suponho que o peão seja multado pela ASEA, visto ser oficial que entrou num café a fumar. Os rigores da lei não perdoam e são imparciais, sendo irrelevantes os motivos que o levaram a tal.
E pode-se concluir que “fumar na rua” é muito perigoso. Não há memória de um fumador ter sido atropelado enquanto fumava dentro de casa ou num estabelecimento comercial.
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