Em tempos, para ser mais rigoroso faz agora oito anos, fiz on
line uma proposta incomum:
Um encontro de utilizadores de equipamento Pentax, num
domingo e numa praça pública de Lisboa, com o fito único de partilharmos
experiências e materiais.
Que todos nós que lidamos com fotografia há anos,
desenvolvemos técnicas ou truques, encontrámos esta ou aquela peça menos comum,
estamos gulosos por aprender e descobrir algo que não vem nos manuais.
Não se tratava esta proposta de uma feira de vaidades ou de
negócio de compra e venda, mas antes de partilha. Tão só o permitir conhecer e
experimentar aquelas peças que cobiçamos ou que desconhecemos. E ouvir e contar
histórias e estórias próprias de quem fotografa.
Por mim, propus-me comparecer com uma objectiva Novoflex,
como a da imagem. E com um “periscópio” ou visor de ângulo recto. E com uma “corrente
de autoclismo”. E mais um ou dois gadgets, artesanais ou de fábrica.
Se foi um sucesso? Claro que foi! Um sucesso de ausências!
Para além da minha pessoa, nem mais uma alminha compareceu ou disse on line que
compareceria.
Creio que a competição é feroz e ninguém quer mostrar os
seus “trunfos” parafernálicos. Mas, em contrapartida, ninguém quer aprender com
os trunfos dos outros. Conhecidos ou desconhecidos. A menos que seja no anonimato
de ir vendo no youtube, ou no alimentar o ego exibindo-se no youtube.
Claro que foi mais um capítulo numa lição que vou tendo ao
longo da vida: “Se for de borla não presta!”, é a opinião generalizada.
Agora se for um workshop, pago antecipadamente, com palavras
pomposas e certificados bonitos e impressos ao quilo… aí há sempre quem
compareça, que se envolver pagamentos é porque vale a pena!
Acho que o conceito de partilha desinteressada é algo que se
aprende e esquece ainda durante a pré-primária.
By me
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