Foi
no dia primeiro de Setembro, de 1939 que a Polónia foi invadida pela Alemanha,
dando início àquilo a que se convencionou chamar “segunda guerra mundial”. Com
tudo o que daí resultou, tanto militar como civil.
Hoje
leio como notícia de abertura num jornal português: “Governo quer que Censos
tenha dados étnicos da população”.
E
não posso deixar de fazer algum tipo de paralelismo.
Longe
de mim pensar que este governo (ou algum outro do passado recente nacional) de
algum modo se possa incluir na lista dos que fazem da cor da pele ou origens
geográficas motivo de discriminação ou segregação. Talvez que menos este
governo que qualquer outro, pelos motivos óbvios da sua constituição.
Mas
fico arrepiado ao pensar que este tipo de informação possa ficar registada
algures, mesmo que numa base de dados considerada segura, ao alcance de um
qualquer grupo xenófobo, governamental ou não.
Sabemos
o que têm sido os discursos extremados e as práticas “discretas” pela europa fora
no tocante a migrações, religião e mesmo etnias. Os arames farpados e milícias armadas
a bloquear os migrantes, o desmantelar acampamentos e consequente expulsão de
comunidades ciganas na europa ocidental, os protestos civis e as decisões
governamentais sobre a construção de templos que não cristãos, os candidatos
políticos de extrema direita e as suas posições étnico-religiosas, os guetos
suburbanos, as discriminações no acesso ao trabalho…
Não
me apetece que as autoridades possam tratar e possuir dados que permitam ir
ainda mais longe nesta matéria.
Por
muito cheios de boas vontades que possam estar quem tal pensou e divulgou.
By me
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