Aqui
ao lado preparam-se para o pior.
O
governo de Madrid fretou três navios, entre paquetes e ferrys, com uma
capacidade total de 6000 pessoas, para atracarem em portos da Catalunha. Dois
em Barcelona, um em Tarragona.
O
objectivo é poder alojar os reforços policiais da Guardia Civil e Polícia
Nacional, enviados de todo o país, para abafar e neutralizar o referendo que os
Catalães querem fazer no próximo dia um de Outubro sobre uma eventual independência
de Espanha. Por aquilo que é possível saber pelos jornais do país vizinho, a
maioria deste reforço policial é composto por polícia anti-distúrbios, aquilo
que por cá chamamos de “polícia de choque” ou “corpo de intervenção”.
Será
interessante recordar que a lei espanhola impede o uso de paquetes ou ferrys como
hotéis ou alojamento temporário. O que nos pode levar a concluir que a lei que vigora
aqui ao lado é a do funil: só funciona para um lado, o que convier aos
governantes centrais.
No
mesmo dia em que por cá poderemos exercer a democracia, com eleições autárquicas,
em Espanha a democracia e a liberdade de expressão ficarão na gaveta, impedindo
que um povo possa exprimir o que quer para o seu próprio destino.
Na
imagem, um dos navios fretados
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