Não
adianta virem com argumentações desta ou daquela natureza: a posse de um
documento de identificação nacional actualizado é uma obrigação.
Não
o ter é punível por lei e impedimento para alguns actos formais. Por exemplo, o
levantar de correspondência registada e nominal, a abertura ou movimento de
conta bancária, a celebração de um contrato…
Esse
documento de identificação (Cartão de Cidadão) tem uma validade de cinco anos.
E se estiver expirada essa validade é como se o não possuísse.
Acontece
que a renovação desse documento, feita em instituição estatais, é paga.
Pouco
importa que nada tenha mudado desde o anterior: morada, características físicas,
estado civil… mesmo que tudo seja igual, há que pagar pelo documento novo.
“Ah
e tal… mas se não tiver condições económicas (e o provar) não tem que pagar.”,
disseram-me numa dessas instituições.
A
questão não é o quanto pagar. Feitas as contas, renovar o documento de
identificação custa 25 cêntimos por mês. Menos que uma bica.
A
questão está em que somos obrigados a fazer algo – todos os cidadãos – e a
pagar por isso. E isto é um imposto!
Eu
diria mais: é um imposto de existência. Sermos obrigados a pagar para provarmos
que existimos.
A
própria existência do documento incomoda-me. Ser reduzido a números, mais a
mais com informações no documento às quais não sei se tenho acesso integral. E
não sabendo se o simples introduzir desse documento numa maquineta permite a
quem o faz aceder a dados pessoais que em nada se relacionam com o acto no
momento. É por isso que o meu CC não entra em nenhum leitor, privado ou público,
impondo eu a sua leitura visual e nada mais.
Ter
que pagar para possuir um documento que sou obrigado a ter e actualizado… isso
faz-me ficar furioso.
Mas
pagar obrigatoriamente para provar que existo… Internem-me, por favor.
By me
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