Há cinco anos
contava eu esta história.
Foram uns tempos
que, felizmente, consegui transformar em divertidos, com diversos episódios
que, bem mais que divertidos, me mostraram que a espécie humana não está tão à
beira do precipício quanto podemos pensar.
E faz bem, em
certas ocasiões, lembramo-nos disso.
“Isto é uma
fotografia.
Melhor dizendo,
isto é a grafia feita por algo com comprimentos de onda muito inferiores ao da
luz.
Por outras
palavras, isto é uma radiografia.
Faz o registo
daquilo que não vemos porque, por exemplo, coberto de carne. Humana, neste
caso.
Em boa verdade, é
daquelas grafias, ou imagens, que estamos sempre desejando nunca ver ou, melhor
ainda, nunca sermos o objecto registado.
Trata-se, para ser
rigoroso, da minha mão esquerda, com um belo de um ossinho fracturado, e antes
ainda de ter sido engessada.
Há sempre uma
primeira vez para tudo na vida, hoje, tocou-me esta.
Isto e mais a
história, realmente mirabolante, que contarei assim que me habituar (e terei
bastante tempo para isso) a usar somente a mão direita no teclado.
Bem como somente a
mão direita para um montão de outras coisas.”
By me
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