Entro numa loja
para comprar uma peça incomum: um baralho de cartas de tamanho gigante.
Faz tempo, muito
tempo, que tenho uma imagem em mente para com isto fazer e chegou a hora porque
chegaram as cartas.
Em chegando ao
balcão para pagamento, constato que não tenho trocado e entrego uma nota de 20
euros.
Pois o rapaz, do
outro lado do balcão, a primeira coisa que faz depois de ter a nota na mão é
verificar da sua legitimidade com uma caneta apropriada.
Passei-me!
E perguntei-lhe se
estava a duvidar de mim e do que lhe entregara.
Respondeu-me, com
a maior das naturalidades, que não, mas que todas as notas de valor igual ou
superior a 20€ tinham que ser verificadas.
“Pouco me importa as
vossas normas!” respondi-lhe. “Ao estar a verificar uma nota que lhe entrego
está a presumir que lhe posso entregar uma nota falsa e está a verificar se sim
se não. Está a por em causa a minha honestidade. E isso não admito! Saiba que
nesta loja não volto a entrar!”
“A sério?” ainda
questionou ele, de olhos bem abertos.
“Claro que sim.
Passe bem!” E saí, pior que urso acordado a meio da hibernação com um ataque de
bílis.
À descrição deste
episódio, que aconteceu numa loja da cadeia de lojas “Tiger”, acrescento eu que
já passei por isso em duas outras lojas. E não voltei a entrar nelas.
E que é também por
não aceitar que suspeitem de mim sem razões sólidas para o fazerem à minha
pessoa que me recuso a andar de avião, considerando todo o sistema de revistas
pessoais e de bagagem a que se é sujeito.
Na minha cartilha
todo o ser humano é inocente e boa pessoa até prova em contrário. Pratico-o e
faço questão de assim ser tratado.
Se me insultam com
suspeitas infundadas, não contam comigo. Nem para lhes dar os bons dias!
By me
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