Onde eu trabalho
cada um de nós tem um cacifo. Pelo menos na área técnica.
Suponho que será
um estudo interessante ver o que cada um guarda no seu cacifo que, e por aquilo
que já me foi dado constatar, é tão variado e inesperado quanto o desktop do pc
de cada um. E, creio, muito dirá de quem o utiliza.
O meu está quase
vazio. Possui um saco de pano vazio de reserva, um caderno, uma caneta, alguns
papeis que um dia considerei importantes guardar, um pacote de bolachas para os
horários mais difíceis e, até dois dias, aquilo que se vê na imagem: uma lata
de gasolina e pedras para recarregar o isqueiro.
Confesso que já
nem me recordava lá ter isto guardado.
Por um lado,
raramente recorria a esta reserva. A manutenção dos isqueiros era geralmente feita
em casa, incluindo a troca de torcida que, como alguns saberão, é complicada.
Por outro, porque
tendo parado de fumar há mais de um ano, a necessidade de recorrer a esta
reserva passou a zero. Até porque, que eu saiba, na minha zona de trabalho já não
há quem use um Zippo, o que significa também que os meus préstimos a
desenrascar um fumador sem gasolina não fazem falta.
Vieram ambas as
embalagens aqui para casa. As pedras para a gaveta onde guardo os isqueiros, a
lata à vista numa prateleira. Não apenas ícone de um tempo que foi (e rico,
muito rico que foi), como nunca se sabe se voltarão a fazer falta. Para uma
fotografia ou para um pobre coitado que tenha fica sem combustível no isqueiro.
E sempre servirão,
também, para mostrar como o design, a ergonomia e a eficácia de algumas peças
as tornam únicas.
By me
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