terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Zippo



Onde eu trabalho cada um de nós tem um cacifo. Pelo menos na área técnica.
Suponho que será um estudo interessante ver o que cada um guarda no seu cacifo que, e por aquilo que já me foi dado constatar, é tão variado e inesperado quanto o desktop do pc de cada um. E, creio, muito dirá de quem o utiliza.
O meu está quase vazio. Possui um saco de pano vazio de reserva, um caderno, uma caneta, alguns papeis que um dia considerei importantes guardar, um pacote de bolachas para os horários mais difíceis e, até dois dias, aquilo que se vê na imagem: uma lata de gasolina e pedras para recarregar o isqueiro.
Confesso que já nem me recordava lá ter isto guardado.
Por um lado, raramente recorria a esta reserva. A manutenção dos isqueiros era geralmente feita em casa, incluindo a troca de torcida que, como alguns saberão, é complicada.
Por outro, porque tendo parado de fumar há mais de um ano, a necessidade de recorrer a esta reserva passou a zero. Até porque, que eu saiba, na minha zona de trabalho já não há quem use um Zippo, o que significa também que os meus préstimos a desenrascar um fumador sem gasolina não fazem falta.
Vieram ambas as embalagens aqui para casa. As pedras para a gaveta onde guardo os isqueiros, a lata à vista numa prateleira. Não apenas ícone de um tempo que foi (e rico, muito rico que foi), como nunca se sabe se voltarão a fazer falta. Para uma fotografia ou para um pobre coitado que tenha fica sem combustível no isqueiro.

E sempre servirão, também, para mostrar como o design, a ergonomia e a eficácia de algumas peças as tornam únicas.

By me 

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