Para aqueles que
glorificam o World Press Photo, uma sugestão:
Aproveitem a
visita ao certame e procurem depois uma livraria por perto. Garanto que há,
mesmo que seja já coisa rara nos tempos que correm.
Em entrando,
comprem dois livros. Sim, eu disse dois de uma vez, mas há que fazer loucuras
pelo menos uma vez no ano.
São eles o “O
pintor de batalhas”, de Arturo Pérez-Reverte, e o “Olhando o sofrimento dos
outros”, de Susan Sontag.
O primeiro é um
romance, que passa por afectos e desafectos entre pessoas e estas com a
fotografia e a pintura.
O segundo é um
ensaio sobre a imagem do sofrimento alheio.
Se os lerem a sério,
pensando no que um e outro contam e fazem pensar, talvez mudem de opinião sobre
o certame fotográfico mais hipócrita que conheço. Apesar de ter excelentes
imagens!
E talvez deixem de
considerar as reportagens do sofrimento alheio com a mesma displicência com que
consultam os folhetos de um supermercado perto de casa, que vos entram pelos
olhos dentro pelas caixas de correio, tal como as reportagens pelos jornais ou
TVs.
By me
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