Olho para o
propagandeado plano de alteração do eixo central, em Lisboa.
Vejo os cartazes,
leio os artigos de jornal, vejo as reportagens televisivas.
Muito
naturalmente, aquilo que nos é mostrado parece o melhor deste e do outro mundo,
com redução de ruído, maior fluidez de tráfego, mais espaço para peões… OPS! Peões?????
Em parte alguma vejo
que nesta obra esteja incluída uma atenção especial para o tempo que os semáforos
estão abertos para os peões. Por outras palavras, quanto tempo será destinado a
que os peões possam atravessar este eixo central.
Afianço que um peão,
cumpridor das regras de trânsito e sem que corra nas ruas de Lisboa, não
consegue atravessar a avenida da República de uma só vez, sendo obrigado a
ficar parado, de pé, no meio da avenida à espera que o sinal volte a ficar
verde.
Se for para manter
este estado de coisas, então as obras que agora começam não se preocupam de
todo com o cidadão mas tão só com o fluxo automóvel. Como de costume!
Na imagem? O topo
de um prédio numa das perpendiculares desse mesmo eixo central.
Uma das características
dos prédios originais das “Avenidas Novas” é a existência de decoração, as mais
das vezes no topo da fachada principal ou junto à porta nobre.
Para fazer a
imagem, foi usada uma objectiva Takumar (Pentax) que, não sendo tão velha
quanto estes prédios originais, já leva mais de meio século de fabrico, com a
qualidade que se vê.
By me
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