Sentir-me-ei
agredido quando alguém me quiser proibir de expressar o que sinto ou penso.
Quer essa expressão
seja pela palavra falada, escrita, pela imagem fotográfica ou videográfica,
pelo gesto, pela manifestação nas ruas…
Qualquer limitação
à minha liberdade de expressão será sempre uma violência.
Exactamente por
isso, gostei que tivesse acontecido a manifestação de ontem, em Lisboa.
Discordo em absoluto
com os motivos apregoados para que tivesse acontecido, mas fico satisfeito que
ela pudesse ter acontecido. A liberdade que exijo para mim é a que exijo para
os outros. Ponto!
Do mesmo modo, em
nada me incomoda que o José Cid tenha dito o que disse, há uns seis anos, sobre
os transmontanos.
A liberdade de
dizer o que se pensa tem que ser total, mesmo que ultrapasse os limites do
absurdo, do insulto, da pura demonstração da falta de inteligência ou respeito
para com os outros.
Se o José Cid
pensa dessa forma e o diz em público, é um direito que lhe assiste. Tal como
será direito de qualquer outra pessoa concordar ou não com ele ou fazer ou não
negócio com ele, consumindo os produtos que vende ou as músicas que compõe e
canta.
Mas o direito à
estupidez é inalienável!
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