domingo, 8 de junho de 2025

Sinalética




O cordão vermelho que cada uma destas câmara exibe não é nem festivo nem decorativo. Estão assim como lembrete visual. E, junto com estas tenho mais duas, uma K50 e uma ES II, que também têm este maldito aviso vermelho.

Significa ele, o aviso, que necessitam de visitar o mecânico para reparar alguma avaria. Excepto a K50 que, tendo sido comprada usada e tendo prestado uns dois bons anos de serviço, passou a sofrer do clássico bloqueio de diafragma que, ao que sei, não tem solução viável do ponto de vista económico.

Cada uma das câmaras que possuo tem uma história, para além das histórias inerente a todo e qualquer objecto. E eu procuro saber o possível sobre cada uma delas.

A ME F que aqui está, veio parar-me às mãos com o aviso de “não tem recuperação”. E eu sabia disso.

Uma ocasião lembrei-me de fazer apoios para livros baseados em câmaras Pentax. Decorativo, portanto. Mas não me apetecia sacrificar nenhuma das minhas para tal e recorri a um vendedor de feiras de rua de velharias meu conhecido, perguntando-lhe se teria duas Pentax sem solução que me vendesse. Na feira seguinte lá estava ele com o meu pedido. Uma ME Super e esta ME F.

A ME Super, coitada, para além de mecanicamente estar muito danificada, parece ter sofrido um sério acidente. Inutilizável, creio que nem para peças. Mas era o que eu tinha pedido.

Já a ME F, mesmo sem a sua objectiva especial, aparenta ter apenas os espelhos bloqueados, coisa que espero que o mecânico com que trabalho possa resolver. Ainda não a afastei de vez.

Quando perguntei o preço o vendedor olhou para mim, sorriu e encolheu os ombros ao dizer-me 5 euros. Poderia eu recusar ou negociar este valor?

Tenho por objectivo, sempre que possível, saber a história distante e recente de cada câmara. E de não ver nenhum cordãozinho vermelho onde as tenho à vista aqui em casa.

 

Pentax K1 mkII, Pentax-M macro 50mm 1:4


By me

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