sexta-feira, 23 de agosto de 2019

À fé de quem sou




Foi há uns dias.
Fui ter com uma pessoa que trabalha ao dia no mesmo local onde ganho a vida e disse-lhe que se repetisse o que havia feito trataria de encontrar forma de lá não voltar.
Não tenho poderes de contratação ou o seu oposto. A minha influência nesse campo mais não será que como consequência do meu tempo de casa e experiência. E se tenho estado presente em concursos de admissão, nunca estive em condições opostas. E não quero estar, que decidir da vida de outros, nomeadamente o impedir que possam ganhar o seu sustento, é de uma responsabilidade tremenda.
Mas o ofício tem éticas que não podem ser ultrapassadas. O respeito pelos colegas, o respeito pelos que convidamos a participar no que fazemos, o respeito pelos destinatários do nosso trabalho, é algo que levo muito a sério. Tão a sério que se sobrepõe a muitos outros aspectos. Incluindo o ganhar a vida.
Se tornara ver ou saber aquele fulano (e um outro que há uns três ou quatro anos fez igual e a quem disse o mesmo), farei tamanha peixeirada, gritarei tão alto, incomodarei tanta gente dentro e fora de portas, que não mais ali voltarão a ganhar a vida.
Para alguma coisa servirão os anos de profissão e a cor das minhas barbas.
E quero mesmo que estas pessoas, e quaisquer outras que façam equivalente, vão directas para o cesto da gávea.

By me


Sem comentários: