quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Certezas

Há coisas que, neste país, atingem as raias do crime capital.
Dizer mal do clube de bola que está à frente no campeonato é uma delas.
Pôr em causa a “honorabilidade” da mãe do nosso interlocutor é outra.
Corrigir o dito ou o escrito de um jornalista também entra na lista.
Pouco importa o saber ou o domínio na matéria de quem corrige; basta ter sido dito ou escrito por um jornalista para passar a ser verdade universal e cuide-se quem discordar. E é inútil apresentar “pergaminhos”, documentos comprovativos ou testemunhos corroborativos.
Se não for “pesquisado” por quem disse ou escreveu é inútil, incorrecto, falso, objecto de suspeita fatal.
Sempre gostava de saber que termos usa a classe jornalística para classificar quem se atreve a colocar em causa o que dizem ou escrevem.

Mas suspeito que sejam demasiado fortes para os ouvidos da minha avozinha, se fosse viva.

By me

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