quarta-feira, 15 de março de 2017

Uniformes



O tribunal europeu decidiu que as empresas podem proibir os seus trabalhadores de usarem símbolos religiosos ou políticos visíveis.
Isto a propósito de duas mulheres que foram despedidas, em países diferentes, por se recusarem a retirar o seu véu islâmico no trabalho.
Vou presumir que esta proibição se estenda a quipá, fez e taqiyah, hábitos, batinas, aventais, pins com crucifixos ou candelabros, pins ou anéis com logos de partidos ou filosofias…
Também vou presumir que se possa estender para além das empresas a ruas, bairros ou cidades: na minha rua não entram cristãos identificados, no meu bairro não passam comunistas assumidos, na minha cidade não existem gays identificáveis…
Claro que a consequência óbvia será o uniforme obrigatório (modelo Mao ou qualquer outro) e o voto obrigatório no partido único. A forma como a mão se levanta é arbitrária.

Quando, em nome da segurança ou da economia, começam a limitar as liberdades individuais, pode perguntar-se qual é o limite mínimo admissível.

E o máximo.

By me

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