sábado, 13 de junho de 2015

Prazeres





Difícil mesmo é fazer com que as pessoas entendam que há coisas na vida que se fazem pelo prazer de as fazer. Tão só e apenas pelo prazer!
Que todo o resto que lhe possa estar associado pode ser secundário. E que não tem que ser, obrigatoriamente, por dinheiro.
No Jardim da Estrela perguntavam-me porque oferecia eu as fotografias.
Encenando um pouco, acabava por dizer que se tratava de um estudo sobre fotografia e, se insistiam muito, atirava-lhes com um ou dois nomes pomposos, acabados em –gia. E acrescentava que não vivia daquilo, quando não já teria morrido de fome.
Houve mesmo quem me perguntasse em que universidade estava a fazer o mestrado ou doutoramento, para ali estar, assim, a fazer aquilo para estudar.
Há quem não entenda que o “saber” pode ser um prazer e que a aprendizagem também. E que se juntarmos a isso um outro prazer, no caso a fotografia, então as coisas acontecem pelo prazer, tão só e apenas pelo prazer.

By me

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