domingo, 7 de junho de 2015

Na lapela e na alma





Claro que ficou a olhar p’ra mim.
Que não me entendeu, nem à violência ou ênfase do meu discurso, que enquanto nos andarmos a preocupar com as instituições (políticas, empresariais, internacionais) e em lutas sectárias, ao mesmo tempo que nada fazemos, enquanto cidadãos individuais, para que não haja gente a catar comida dos caixotes do lixo; enquanto não agirmos enquanto pessoas e nos limitarmos a alijar responsabilidades na urna de voto; enquanto voltarmos da festa e do protesto de rua mas mais nada fizermos…
… tudo ficará na mesma, para gáudio e lucro dos que buscam o poder, seja lá qual for a ala que perfilham.

E quando lhe perguntei quando fora a última vez que fizera algo, pessoalmente, em prol de outrem sem esperar nada em troca…
… o seu sorriso amarelou. 

By me

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