quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um alerta




Esta é a imagem de uma praça de táxis, em Lisboa. No caso particular, a que fica junto à Estação do Oriente, um nó ferro-rodoviário importante nos transportes públicos urbanos e de longo curso.
Nada tem esta praça, não fora o facto que a imagem demonstra: três tipos diferentes de táxis.
O primeiro é bem notório. Este da esquerda tem as cores convencionais, bem como a lanterna indicadora no tejadilho, como qualquer outro. Mas é grande. É anormalmente grande para um táxi normal. Qualquer um que nele entre o nota. E, mesmo que o aspecto o não demonstrasse, o aviso regulamentar que tem na porta de trás, tal como no pára-brisas frontal, indica que este carro de aluguer com taxímetro tem uma capacidade bem maior que o habitual, sendo que o preço que cobra é maior.
O segundo, o da direita, nada tem de especial: um carro de três volumes, lugar para quatro passageiros e cobrando em conformidade e como estamos habituados.
O terceiro está ao meio, atrás. Aparenta ser um táxi vulgar, mas quase só o aviso na porta e na frente, como o primeiro, nos informa que tem mais capacidade de passageiros e que, por isso, cobra mais caro por cada viagem.
Não gosto disso. É-me indiferente que caibam quatro pessoas, nove ou trinta e cinco. Quando entro num táxi, sozinho, faço a viagem sozinho e só devo pagar o normal para um carro normal.
O problema levanta-se nos carros que aparentam ser normais, que param e circulam como os normais mas que o não são. Apesar do aviso, a maioria toma-o como um normal, só se apercebendo da diferença de preço no fim da viagem. Quase que se pode dizer ser um roubo legal e escamoteado.
Tenho para mim que todos os carros deveriam possuir a mesma tarifa, cobrando uma diferente quando se ultrapassasse o limite normal de um táxi: quatro passageiros. Uma simples e rápida modificação no taxímetro faria a coisa e a justiça seria reposta. Mas não o lucro. E, é sabido, a esperteza saloia do tuga (dos táxis ou outros) prevalece sempre.
Sendo certo que não gosto de ser enganado, não entro nestes carros quando na praça. Se acontecer estar um destes em primeiro lugar, subo para o segundo, um normal.
Esta minha escolha já tem levado a conversas meio azedas com os motoristas do carro preterido. Inclusivamente, já aconteceu que alguns me disseram que, no final, me fariam um desconto sobre o marcado no taxímetro.
Não quero descontos! Quero pagar o justo. E não me parece justo que carros com maior capacidade e mais caros circulem e recebam passageiros apenas com um diminuto aviso. Que alguns não possuem de forma regulamentar, entenda-se.
Já agora, desenganem-se os que acham que isto é ter mau feitio. Isto é ser consumidor atento e não querer comprar gato por lebre.

By me 

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