Será esta uma boa fotografia? Pela certa que não!
Tem pouca definição, as cores estão deslavadas e a perspectiva não é famosa.
Mas foi o possível de fazer da plataforma de embarque de uma estação de caminho-de-ferro da linha que uso diariamente.
O que aqui se vê é o que resta do edifício da estação. Demolido ontem, quando as temperaturas eram bem mais elevadas, vai dar lugar a um novo complexo de rodovias, zonas pedonais e atravessamentos de via desnivelados. Fruto da modernização da linha de Sintra e da quadruplicação da via desde de Lisboa até ao Cacém. Pouco importante para quem não usar esta linha que abastece os bairros suburbanos da capital.
Entristece-me, no entanto, que na sequência da voracidade do modernismo, da rapidez e do conforto, se destrua o que resta das estações desta linha. Os nossos netos não saberão por certo que havia quartos para os guardas das estações, que havia uma sala de telefone ou telégrafo, e que havia uma sala, de secretária maior que as restantes, reservada ao “chefe de estação”.
Destas estações originais da linha de Sintra, restam dois “faz-de-conta”: A estação do Rossio, transfigurada com plásticos e alumínios, e a de Sintra, que com as novas estruturas, máquinas de venda automática, quiosques para turista e espaço de fast food, se deixou de ver o edifício original.
Claro que as exigências do contemporâneo implicam alterações ao que existe, de preferência para melhor!
Mas, caramba, se para melhorarmos o presente, destruirmos o passado, o que deixaremos aos vindouros que não apenas o que restar dos nossos comportamentos egoístas?
Texto e imagem: by me
Tem pouca definição, as cores estão deslavadas e a perspectiva não é famosa.
Mas foi o possível de fazer da plataforma de embarque de uma estação de caminho-de-ferro da linha que uso diariamente.
O que aqui se vê é o que resta do edifício da estação. Demolido ontem, quando as temperaturas eram bem mais elevadas, vai dar lugar a um novo complexo de rodovias, zonas pedonais e atravessamentos de via desnivelados. Fruto da modernização da linha de Sintra e da quadruplicação da via desde de Lisboa até ao Cacém. Pouco importante para quem não usar esta linha que abastece os bairros suburbanos da capital.
Entristece-me, no entanto, que na sequência da voracidade do modernismo, da rapidez e do conforto, se destrua o que resta das estações desta linha. Os nossos netos não saberão por certo que havia quartos para os guardas das estações, que havia uma sala de telefone ou telégrafo, e que havia uma sala, de secretária maior que as restantes, reservada ao “chefe de estação”.
Destas estações originais da linha de Sintra, restam dois “faz-de-conta”: A estação do Rossio, transfigurada com plásticos e alumínios, e a de Sintra, que com as novas estruturas, máquinas de venda automática, quiosques para turista e espaço de fast food, se deixou de ver o edifício original.
Claro que as exigências do contemporâneo implicam alterações ao que existe, de preferência para melhor!
Mas, caramba, se para melhorarmos o presente, destruirmos o passado, o que deixaremos aos vindouros que não apenas o que restar dos nossos comportamentos egoístas?
Texto e imagem: by me
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