quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Não adianta!


Não adianta mesmo!
As notícias de abertura dos telejornais, bem como as primeiras páginas da imprensa, passa agora pela condenação de um assassino, pela condecoração de um ex-primeiro-ministro (que só o foi até ser demitido e que só tomou posse porque o antecessor se demitiu), e pela não recondução do director do Museu de Arte Antiga, em Lisboa.
Para segundo plano passou já a tragédia do Haiti e, não fora haver que justificar a presença no local de enviados especiais (e respectivos custos), creio até que nem teria tanto tempo ou espaço.
A chave para o sucesso dos media passa pela novidade, pelo diferente, por criar surpresa no público. A importância da actividade informativa subjuga-se à importância da actualidade política, dos interesses a ela associados e ao sensacionalismo demagógico.
É inútil esperar que os media pugnem pelas verdadeiras necessidades da humanidade, doméstica ou transcontinental.
E, a menos que o jornalista seja, ele mesmo, a notícia, não adianta falar, protestar, denunciar, boicotar!
É que não adianta mesmo!

Texto e imagem: by me

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