segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mensagem


A digitalização de um arquivo de VHS é consumidora de tempo, de energia e de DVD’s. E se o primeiro é gerido como entendo e a segunda me chega a casa pelos processos habituais, já os consumíveis há que os ir comprar.
A loja aqui do bairro está bem equipada de hardware, consumíveis e pessoal competente, sendo os seus preços simpáticos e competitivos uns bairros em redor. Daqui que costuma estar com gente à espera de vez para ser atendido. Será um contra-senso, o esperar para se ter algo numa loja de MHz, mas vale a pena.
Quando cheguei ao balcão já tinha na mão o queijinho que queria. Era de 50, que não havia de 100, mas também servia. Confirmei o preço, paguei e, como de costume, recusei o saquito de plástico onde o queriam colocar. Mas, ainda que surpreso, o empregado não se deixou ficar e insistiu, argumentando com a publicidade.
O meu “Lamento mas não o quero mesmo, que não farei mais lixo que o estritamente necessário! Além disso, o problema com os resíduos não é o que fazer com eles mas antes começar por não os produzir!” foi cortês mas peremptório, talvez num tom ligeiramente mais alto que o habitual mas nada de violento ou agressivo.
Não vi as expressões dos restantes clientes, que estavam atrás de mim, mas a gargalhada que ouvi foi gostosa e o sururu de conversa que se lhe seguiu levou-me a concluir que o meu objectivo estava conseguido: fazer passar a mensagem!
Passá-la para os consumidores, que produtores e vendedores têm os seus interesses bem mais centrados no negócio que em precaver o ambiente com atitudes pró-activas.

Na imagem, a pilha de DVD’s em contra-luz. Afinal, são um suporte de registo óptico!


Texto e imagem: by me

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