Não que fosse bonito. Nunca achei que fosse. Mas era um
marco nesta zona da cidade.
Em sendo questionado sobre onde ficaria algo, responderia-se
que “Segue por ali e, em chegado ao prédio amarelo, é logo ao lado”.
Há uns anos, creio que por vontade dos proprietários e a
anuência do município, mudaram-lhe a cor. De amarelo berrante, passou a branco
respendecente ao sol. E não mudou para melhor, do meu ponto de vista.
É que, mesmo que não ofendendo os olhares, passou a ser mais
um na urbe, no lugar de um icónico, como o do “totobola” em Santos, o “franjinhas”
mais abaixo ou outros que, sendo “feios”,
servem de marco.
Marco na malha urbana, diferenciam-se da quase uniformidade
da cidade e dos diversos bairros.
O sentido “estético” dos arquitetos e dos donos da obra,
aliado às norma municipais podem escapar ao consenso dos cidadãos e ao seu “bom
gosto”.
Mas a cidade é coisa viva, evolutiva, palpitante, prenhe de
gente com diversas opiniões e gostos. E se nos ativermos a normas rígidas e
atávicas, acabará por ser mais um daqueles bairros uniformes, em que somos
obrigados a ler as placas topinímicas para não nos perdermos, de tão iguais que
são as edificações.
Indo mais longe, bonitas nas maquetas mas aborrecidas e
antissépticas de viver.
O prédio amarelo há anos que o deixou de ser. E há anos que
desgosto da mudança.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário