quinta-feira, 28 de abril de 2022

Fotografia


 


Fotografia é, de uma forma muito simples, o registo do efeito da luz sobre um material que a ele seja sensível.

Quer se trate de um minúsculo orifício numa caixa ou lata que contem papel fotográfico, quer se trate de uns pedaços de vidro ou plástico curvilíneos que conduzem as luz para uma superfície sintética alterando a forma como se glomeram nela cristais de prata, quer se trate desses mesmo vidros fazendo incidir a luz controladamente numa superfície que a ela reaage eléctricamente.

Haverá, depois, todo um processo complexo, químico ou físico que fará com que essa alteração seja seja perceptível pelos nossos sentidos. Nomeadamente a visão.

E, as mais das vezes, gostamos do que vemos nesse registo.

O que se torna curioso é que nós próprios fazemos fotografia sem recurso a nenhum aparelho complexo construído numa fábrica ou artesanalmente.

A luz atravessa o cristalino – as lentes dos nossos olhos – incide na retina – o material fotossensível – que a transforma em impulsos neurológicos conduzidos ao cérebro que o arquiva na memória.

E, de algum modo e sem grande esforço, conseguimos rever essa imagem – ou fotografia – bastando para tal encontrarmos o estímulo que nos conduza aos neurónios onde ficou armazenada. Como um albúm ou pasta de arquivo digital.

Diz quem sabe, e muitos são, que as suas melhores fotografias foram as que fizeram sem câmara, apenas observando aquilo que está à sua frente. Todos nós as temos e eu não sou excepção.

No dia em que conseguirmos transpor para o exterior do organismo o que que se passa no interior do cérebro, nesse dia os fabricantes de equipamento fotográfico podem arrumar as botas.

Felizmente esse dia está bem distante.

Na imagem uma fotografia de um acto fotográfico. A luz do sol, a escrever numa folha de papel, conduzida por um pedaço de vidro.


By me

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