Coisas há que, de tão clássicas que são, se tornam um pecado
não as fazer ou vivenciar. Esta é uma delas.
Em manifestações, ou não, procurar e fotografar um bandeira
com a luz certa.
Talvez que seja a questão, para além da luz, do conseguir o
momento certo (o instante decisivo, como dizia o mestre), em que o drapejar ao
vento a coloca na posição e desenrolar certos. E qualquer bandeira, iluminada
de frente ou por trás mostrando a sua translucidez é bonita e resulta em
fotografia.
Manias minhas, que querem?
Este ano surgiu uma nova bandeira (ou, pelo menos, eu nunca
a tinha visto): o arco-iris do movimento LGBT só que com o nome de um partido
inscrito, não interessa qual.
Ainda antes de ter visto a inscrição vi a bandeira. Que é
bonita na sua multiplicidade de cores. Com a luz certa então... fui por ela e
pedi a quem a segurava um “jeitinho para a fotografia”. Fiz o “boneco” e logo a
seguir me arrependi.
Que misturar coisas tão distintas como um partido político
com o movimento LGBT é um absurdo! Ideológico, social, pessoal... uma espécie
de apropriação partidária de algo que em nada se pode misturar com partidos.
Com política sim, mas não com partidos.
A fotografia está ali, no arquivo digital junto com as
demais feitas neste desfile de Abril de 2022. Não me envergonho de a ter feito,
mas não a exibirei para não compactuar com ela e o significado.
Restou-me esta fotografia de bandeira, que seria um pecado
não fotografar uma nesse dia.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário