terça-feira, 26 de abril de 2022

De novo com novidades




Alguém que se cruzou comigo no desfile/manifestação deste 25 de Abril perguntou-me se eu teria sentido o mesmo que no anterior: falta de entusiasmo e um cumprir de tradição, apenas.

Pese embora continue muito mais organizado e formal do que já foi em tempos, este ano senti mais entusiasmo. Talvez porque o dia estava bonito, talvez porque as máscaras deixaram de ser obrigatórias, talvez porque os presentes se sentiram livres de ali estarem... A verdade é que este ano foi festa.

Mas constatei duas coisas coisas pouco comuns.

Num dos carros blindados Chaimite com que os desfile começou, icones do dia da revolução, um dos tripulantes era uma militar. Algo impensável em 1974, é bom de ver que hoje as mulheres tripulam blindados mano a mano com homens. Os sorrisos que atirava para a direita e para a esquerda tiravam um pouco da solenidade do momento, mas muito mais simpáticos que os olhares sisudos dos veteranos que com ela manobravam as pesadas viaturas.

A minha outra grande surpresa foi ver tantas bengalas. Algumas usadas com notório esforço. Foi como que ver toda uma geração vir para a rua dizer:

“Ainda cá estamos, vivemo-lo e queremos celebra-lo.”

Foi igualmente bom de ver!


By me

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