Alguém vai ter que me explicar isto:
É obrigatório que as crianças e jovens frequentem a escola até
uma idade definida ou ano de escolaridade. Faz algum sentido, se pensarmos na
sua preparação para a vida adulta e activa na sociedade.
Então porque raio é que, sendo obrigatório, terão eles (ou
os pais) que comprar manuais, cadernos, canetas, etc.?
Tenho para mim que, sendo obrigatório e imposto pelo estado
(leia-se sociedade), fará sentido ser essa mesma sociedade (ou estado) a
suportar aquilo que impõe aos cidadãos.
Quando não, de obrigatório e vantajoso para cada um e para
todos (ter cidadãos preparados é vantagem para todos) passa à condição de
imposto.
Por outras palavras: a obrigatoriedade de frequentar a
escola é vantagem económica para alguns, fabricantes e vendedores de manuais e consumíveis,
disponibilizados no contexto da liberdade de mercado e do preço livre.
Não me parece justo incentivar os casais a procriarem,
imporem-lhes o mandarem os filhos à escola e de seguida obrigarem esses mesmos
casais a despesas cíclicas e avultadas para benefício de editoras privadas.
De algum modo esta questão assemelha-se à do cartão de
identificação nacional. É obrigatório possuir um, é obrigatório estar
actualizado e dentro do prazo de validade, mas haverá que pagar por ele. Não se
trata, assim, de uma taxa de serviço mas de um imposto, que haverá que pagar ou
ser-se objecto de punição.
By me
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