domingo, 23 de setembro de 2018

Confusões




Um cliente entra numa loja de fotografia e diz para o vendedor:
“Boa tarde. Eu quero comprar uma lente de 100mm para a minha câmara.”
“Com certeza!”, respondeu o funcionário. “Dê-me só um minuto.” E afasta-se para o interior da loja.
Regressa pouco depois, dizendo:
“Por sorte ainda tinha uma. Aqui tem.”
E colocou com todo o cuidado em cima do balcão um pedaço de vidro, achatado, redondo, abaulado de ambos os lados e com cabo metálico.
“Mas… Mas… Mas isto parece ser uma lupa. Não foi isso que pedi.”
“Ora essa! O senhor pediu uma lente de 100mm para a sua câmara. Aqui está uma de dez dioptrias. Agora é só saber como é que a quer usar na sua câmara. Talvez montado num aro, à frente da sua objectiva, como uma lente de aproximação.”

Um cavalheiro entra no consultório de um cirurgião e diz-lhe:
“Doutor: eu quero ser castrado!”
“Você está louco. Nem pense em fazer uma coisa dessas!”
“Ora essa! É isso que eu quero. É uma questão de fé.”
“Bem, se está assim tão determinado, isso pode ser feito. Mas terá que assinar um termo de responsabilidade, dizendo muito concretamente que é isso que quer que eu faça.”
O documento é assinado e a operação marcada.
Do dia seguinte à cirurgia um amigo vai visitá-lo à enfermaria do hospital e pergunta-lhe:
“Olha lá: internamento para uma circuncisão?”
“É pá! Bolas! Era isso!”

Podemos usar os termos que entendermos para referir as acções ou objectos que quisermos. Convém é que usemos os mesmos termos para os mesmos conceitos.



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