Um destes dias tive que ir a uma loja do cidadão, em Lisboa.
Enquanto esperava que fosse a minha vez, vim cá fora fumar um cigarro. Eu e
muitos outros.
No final, procurei onde depositar a beata e constatei que
teria que ser onde todos os outros as deitam: no chão. Que, olhando em redor,
não existia um lugar onde o fazer.
Fica, assim, a pergunta: à porta de um local onde é sabido
que vai muita gente, centenas por dia, e sabendo que os tempos de espera podem
ser bem longos e que a chamada se faz por número, não será previsível que os
fumadores venham à rua satisfazer o seu vício e tentar acalmar a sua
impaciência?
Será assim tão dispendioso o existir um cinzeiro, robusto e
à prova de vandalismo, ali colocado? Será a sua manutenção tão onerosa que o
orçamento da loja não o possa suportar? Será que o município não poderia
acautelar esta situação, substituindo-se à instituição?
Quando a sociedade, organizada ou não, entende por incómoda
ou prejudicial uma actividade dos cidadãos, deveria agir em conformidade. Proibindo-a
ou minimizando as consequências.
Neste caso, um simples e sólido cinzeiro seria o suficiente.
By me
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