Se a memória me não
atraiçoa, esta porta agora com este vidro não era assim: Era de ferro por
inteiro, pintada de verde escuro.
No entanto, e devo
confessá-lo, não me recordo dela fechada. Nem de dia.
Recorria ao que
aqui está anunciado, e que acontece na cave, ao fundo de uma escada estreita e,
então, mal iluminada, já a porta estava aberta e a fila de gente prolongava-se
pelos degraus e pela frontaria do prédio.
No fundo da escada
um postigo numa porta era onde fazíamos o pedido e onde o recebíamos, das mãos
do ou da padeira de serviço.
Porque se trata ou
tratava de uma padaria e a frequentávamos a deshoras, quando éramos corridos de
bares ou cervejarias.
Não sei se ainda
hoje terá a mesma frequência. As asaes destes tempos modernos talvez se
indignem com estas coisas.
Mas a expressão dita
na rua e no escuro “Então e agora?” logo seguida de “Vamos aos bolos” e
zarparmos no carro de um, ou mesmo a pé, é algo que ficou gravado a bolos
quentes na memória.
Alguém a partilha?
By me
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