Há cinco anos (para
ser rigoroso no dia 17 de Julho de 2011) fiz esta fotografia.
Tratava-se de uma
livraria e editora livreira que se encontrava em muito más condições económicas
e em sérios riscos de encerrar.
Foi esta
fotografia, junto com a de uma padaria encerrada, que deram origem a um
conjunto alargado de fotografias que tenho por aí.
Ontem estive nesta
livraria. Depois de ter optado por um livro deixei-me ficar à conversa. Que acabou
por recair sobre o mundo do negócio livreiro, de como está complicado, de como
os alfarrabistas lhes retiram clientes, de como as grandes superfícies lhes
retiram clientes, de como os larápios actuam, de como as coisas correm mal…
A dado passo
recordei este mesmo aviso e comentei que o havia visto e fotografado. A
resposta foi lapidar:
“Ah sim, isso foi
no tempo em que isto estava minado de comunistas e bloquistas. Mas já corremos
com eles, felizmente.”
Eu diria que cada
um opina e age sobre as questões políticas e partidárias como entende. Tal como
eu. E ouvir dizer que se correu com gente porque pensa ou age de acordo com um
dado partido político não é, na minha opinião, sinal de tolerância ou respeito.
Não serei eu que
irei corrigir ou forçar a alterar as opiniões desta senhora. Mas também não me
apetece lá voltar a gastar do pouco dinheiro que possuo.
Ficou-me apenas
debaixo de olho uma edição de autor, quase catálogo, de um fotógrafo português,
cujo nome não fixei mas cujo trabalho de nus com sombra e luz me cativou. Mas não
o preço.
Não sei se lá
voltarei.
Mau feitio, que
querem.
By me
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