Por muito estranho
que possa parecer a alguns diletantes da fotografia, o meu objectivo enquanto
fazedor de imagens fotográficas não é ser bom fotógrafo.
O meu objectivo é,
antes sim, o encontrar prazer e satisfação na sua produção e consequências.
Satisfação em
olhar para uma fotografia feita por mim e achar que funciona, satisfação em
saber que quem vê o que vou fazendo sente algum prazer ou satisfação (ou
exactamente o oposto) no acto de as ver.
Porque, e nunca
nos enganemos, a fotografia é uma forma de comunicação. E a sua eficácia
depende, em boa medida, da forma como o receptor reage. Se reagir no sentido
previsto pelo autor, então a comunicação fez-se e o objectivo do fotógrafo
realiza-se.
O ser bom ou mau
depende, muito naturalmente, da subjectividade da época, cultura, quem analisa,
do academismo…
Mas não me
interessa ser bom fotógrafo. Interessa-me ter prazer no que faço, nas suas
diversas vertentes.
Mas esse meu
prazer não pode passar, de forma alguma, pelo desprazer, desconforto, incómodo,
sofrimento, de quem é fotografado. A minha felicidade não pode passar pela
infelicidade de alguém. Menos ainda daqueles cuja imagem me engrandece e me dá
prazer.
Não se trata de
leis ou códigos, escritos ou apenas falados.
É uma forma de
estar na vida: a minha liberdade ou felicidade não passa por limitar ou impedir
a liberdade ou felicidade de outrem.
Fotografia
incluída.
Na imagem: eu
fazendo o que me dá prazer, registado há uns anitos pelo bloguer de “O jumento”,
onde fui roubar a fotografia.
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