E porque tenho um
mau feitio levado da breca, porque tenho a boca do tamanho do estuário do Tejo
e porque acredito piamente que somos todos iguais até prova em contrário, aqui
fica parte de uma missiva agora mesmo enviada.
O resto fica no
privado que a especificidade desta mensagem exige.
“Era uma vez um café/pastelaria
que também vendia para fora o que fabricava.
E a sua fama ia
longe, nomeadamente nos bolos-rei e bolos de casamento. Todos lhe elogiavam a
qualidade e não faltavam encomendas: bolos-rei na época própria, bolos de
casamento todo o ano, em particular na época estival, que é a mais propícia
bodas e festas.
No entanto, e
embandeirando em arco com esta fama (merecida, diga-se de passagem), descuraram
para além do limite o fabrico de bolas de Berlim, pasteis de nata e queques,
produtos de venda diária ao balcão. Descuraram a tal ponto que esses pequenos e
singelos bolos deixaram de ter saída, que ninguém os queria. E não os querendo,
ninguém lá ia por um galão, uma meia de leite ou uma bica que fosse.
Sem essa
movimentação diária, a pastelaria de fama acabou por fechar portas. “
No que disto advirá
só o futuro o dirá.
Mas nunca fui
pessoa de fugir às consequências dos meus actos.
By me
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