No jornal Público, na sua versão on-line, leio o que a seguir transcrevo:
AR vai convocar jornalistas, meios, anunciantes e publicitários para analisar situação no sector
A comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura decidiu hoje chamar os responsáveis do Sindicato de Jornalistas, Confederação de Meios, Associação dos Anunciantes e Associação das Agências de Publicidade para fazer uma análise geral do sector.
Aprovado por unanimidade, o requerimento foi avançado pelo deputado do PSD Luís Campos Ferreira que explicou o pedido com o facto de "a situação na comunicação social ser grave".
A proposta social-democrata foi feita depois do PSD e do PS terem "chumbado" uma audição do presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, pedida pelo PCP na sequência do anúncio de despedimento colectivo de 122 trabalhadores do grupo. "Um despedimento tão vasto é preocupante mas não me parece que isto [a audição de Joaquim Oliveira] caiba nas competências da Assembleia", argumentou Campos Ferreira.
Posição secundada pelo PS já que, segundo o deputado João Serrano, "esta é uma questão laboral que deve ser entendida como tal". Para o PCP, no entanto, a audição serviria para "tentar saber o que se passa no sector".
Também o deputado do Bloco de Esquerda, Fernando Rosas, apoiou a intenção. "A Assembleia devia dar um sinal de preocupação perante o maior despedimento no sector", sublinhou.
O CDS absteve-se, mas o deputado Pedro Mota Soares referiu considerar que o Parlamento "não é o local próprio para discutir questões laborais".
Entenda-se que é convicção generalizada, que eu partilho, que o exercício da democracia depende, em parte, da existência de informação livre e isenta.
No entanto também é convicção generalizada, que eu também partilho, que os media, por cá, não são nem livres nem isentos. São indústrias cujo objectivo é, claramente, o lucro da actividade.
Igualmente sabemos que as formações políticas necessitam de fazer passar a sua mensagem junto dos cidadãos por forma a poderem concretizar os seus objectivos políticos. Que só através dessa divulgação podem os cidadãos dar a sua anuência ou apresentarem a sua discordância às propostas e às execuções de projectos e políticas. Aquando de eleições e fora delas.
Destes três pressupostos surge uma convicção generalizada, que eu partilho, da existência de ligações menos claras entre a indústria da informação e as organizações políticas, no poder ou fora dele.
E veja-se os cuidados tidos pela Assembleia da República devido a despedimentos no sector dos media, comparado com o que tem manifestado – ou não – perante o que vai sucedendo noutros sectores da vida económica nacional. O pequeno comércio, que vai fechando as portas face à chamada “crise” e ao poderio económico dos grandes grupos empresariais e as pequenas indústrias que seguem pelo mesmo caminho.
Faz todo o sentido e recomenda-se que os deputados saibam de perto o que acontece na sociedade que representam e sobre a qual legislam.
Necessário é que tenham os mesmos cuidados e atenções com toda a sociedade e não penas ou principalmente sobre os media, de quem os políticos dependem como do pão para a boca.
Texto e imagem: by me
AR vai convocar jornalistas, meios, anunciantes e publicitários para analisar situação no sector
A comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura decidiu hoje chamar os responsáveis do Sindicato de Jornalistas, Confederação de Meios, Associação dos Anunciantes e Associação das Agências de Publicidade para fazer uma análise geral do sector.
Aprovado por unanimidade, o requerimento foi avançado pelo deputado do PSD Luís Campos Ferreira que explicou o pedido com o facto de "a situação na comunicação social ser grave".
A proposta social-democrata foi feita depois do PSD e do PS terem "chumbado" uma audição do presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, pedida pelo PCP na sequência do anúncio de despedimento colectivo de 122 trabalhadores do grupo. "Um despedimento tão vasto é preocupante mas não me parece que isto [a audição de Joaquim Oliveira] caiba nas competências da Assembleia", argumentou Campos Ferreira.
Posição secundada pelo PS já que, segundo o deputado João Serrano, "esta é uma questão laboral que deve ser entendida como tal". Para o PCP, no entanto, a audição serviria para "tentar saber o que se passa no sector".
Também o deputado do Bloco de Esquerda, Fernando Rosas, apoiou a intenção. "A Assembleia devia dar um sinal de preocupação perante o maior despedimento no sector", sublinhou.
O CDS absteve-se, mas o deputado Pedro Mota Soares referiu considerar que o Parlamento "não é o local próprio para discutir questões laborais".
Entenda-se que é convicção generalizada, que eu partilho, que o exercício da democracia depende, em parte, da existência de informação livre e isenta.
No entanto também é convicção generalizada, que eu também partilho, que os media, por cá, não são nem livres nem isentos. São indústrias cujo objectivo é, claramente, o lucro da actividade.
Igualmente sabemos que as formações políticas necessitam de fazer passar a sua mensagem junto dos cidadãos por forma a poderem concretizar os seus objectivos políticos. Que só através dessa divulgação podem os cidadãos dar a sua anuência ou apresentarem a sua discordância às propostas e às execuções de projectos e políticas. Aquando de eleições e fora delas.
Destes três pressupostos surge uma convicção generalizada, que eu partilho, da existência de ligações menos claras entre a indústria da informação e as organizações políticas, no poder ou fora dele.
E veja-se os cuidados tidos pela Assembleia da República devido a despedimentos no sector dos media, comparado com o que tem manifestado – ou não – perante o que vai sucedendo noutros sectores da vida económica nacional. O pequeno comércio, que vai fechando as portas face à chamada “crise” e ao poderio económico dos grandes grupos empresariais e as pequenas indústrias que seguem pelo mesmo caminho.
Faz todo o sentido e recomenda-se que os deputados saibam de perto o que acontece na sociedade que representam e sobre a qual legislam.
Necessário é que tenham os mesmos cuidados e atenções com toda a sociedade e não penas ou principalmente sobre os media, de quem os políticos dependem como do pão para a boca.
Texto e imagem: by me
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