Ao que parece, terá a líder do PSD afirmado que José Sócrates é o “coveiro da pátria”.
Esta declaração faz título de notícia de jornal, levando apodos de insulto.
Mas contesto que seja um insulto. Diria mesmo que será um elogio. Senão vejamos:
A profissão de coveiro é uma actividade digna, como qualquer outra. Mais ainda, é mal paga e dela todos fogem, que cuidar de cadáveres não é do que há de mais agradável.
Acrescente-se que este ofício se exerce faça sol ou chuva e implica aturado esforço físico, que cavar buracos de uns dois metros de profundidade não é pêra doce, mais ainda se o solo estiver rijo e seco. Ou se a chuva for abundante e houver lama por todo o lado. Para já não falar no peso do esquife, que entre o corpo, as madeiras e as ferragens, ultrapassa, de longe, a centena de quilos.
É, assim, uma profissão útil à sociedade. E alguém a terá que exercer.
Teria sido um insulto, antes sim, se a essa pessoa tivesse o chamado de assassino ou matador. Estes transformam coisa viva em coisa morta, aquela coisa que os coveiros tratam no seu mister. E ninguém tem simpatias por um assassino ou matador.
Dizer que a pessoa que agora exerce o cargo de Primeiro-Ministro é o “coveiro da pátria” é dizer que esta está morta em definitivo e que há que fazer aquele trabalho de que ninguém gosta: enterrar o defunto.
A questão que ponho, com toda a honestidade, é saber quem matou a pátria, que agora estará a ser sepultada.
Texto e imagem: by me
Esta declaração faz título de notícia de jornal, levando apodos de insulto.
Mas contesto que seja um insulto. Diria mesmo que será um elogio. Senão vejamos:
A profissão de coveiro é uma actividade digna, como qualquer outra. Mais ainda, é mal paga e dela todos fogem, que cuidar de cadáveres não é do que há de mais agradável.
Acrescente-se que este ofício se exerce faça sol ou chuva e implica aturado esforço físico, que cavar buracos de uns dois metros de profundidade não é pêra doce, mais ainda se o solo estiver rijo e seco. Ou se a chuva for abundante e houver lama por todo o lado. Para já não falar no peso do esquife, que entre o corpo, as madeiras e as ferragens, ultrapassa, de longe, a centena de quilos.
É, assim, uma profissão útil à sociedade. E alguém a terá que exercer.
Teria sido um insulto, antes sim, se a essa pessoa tivesse o chamado de assassino ou matador. Estes transformam coisa viva em coisa morta, aquela coisa que os coveiros tratam no seu mister. E ninguém tem simpatias por um assassino ou matador.
Dizer que a pessoa que agora exerce o cargo de Primeiro-Ministro é o “coveiro da pátria” é dizer que esta está morta em definitivo e que há que fazer aquele trabalho de que ninguém gosta: enterrar o defunto.
A questão que ponho, com toda a honestidade, é saber quem matou a pátria, que agora estará a ser sepultada.
Texto e imagem: by me
Sem comentários:
Enviar um comentário